sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

dia dos mortos

Li a pouco uma crônica do Affonso Romano de Sant'Anna sobre o dia dos mortos. O autor sugere no texto que o dia de finados poderia ser totalmente inverso do que é, ao invés da nossa viva visita nos cemitérios, por que não o contrário?
Seria assim: Os mortos teriam esta data para visitar os vivos. Enquanto isso, nós sabedores deste fato , arrumaríamos a casa com tudo que o defunto gostaria de encontrar, comida, bebida, jornal, filme, fod...tudo que lhe apetecesse, e caso não quisesse ficar em casa programariamos passeios, viagens, sei lá, cada um deveria saber o gosto do seu morto. Que delícia seria, mas segundo Sant'Anna, existiriam regras para este dia, nada de perguntas sobre a vida, ou não, no além. Na minha imaginação já coloco essa regra como condição para próximas visitas, se a regra fosse quebrada o visitante estaria suspenso de participar da vida terrena no única dia que seria possível de fazer. Não sou severa, mas acho que o mistério além vida deve permanecer, o gostinho de não saber o dia de amanhã é bem divertido. Religião é outro assunto proibido de tocar, contiuaríamos acreditando em nossos credos, idependente de inferno, céu, ou vazio.
Poderíamos usar esta data para aproveitar nossos queridos defuntos pra curtir o que em vida não foi possível, e matar saudades, um dia inteiro para remoçar.
Como acho pouco provável esta idéia acontecer, sugiro que aproveitemos pelo menos algum dia do ano para encontrarmos figuras em carne em osso que por falta de tempo insistimos em deixar pra depois, e rememorar acontecimentos bons, amigáveis, desprentensiosos, sem egos e problemas . Talvez Sant'Anna quis me passar isso, foi exatamente o que captei. E aos mortos deixo minhas sinceras lembranças e sonhos de um dia encontrá-los.

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