terça-feira, 15 de setembro de 2009

entrelinhas

Tinha acabado de almoçar com a equipe de gravação, corri antes de todos terminarem a refeição e fui pagar a conta (produtora sempre cuida de quase tudo e antes de todos), e segui para a frente do restaurante a tempo de fumar. Delicadamente rápida peguei o cigarro e visualizei o esmalte das unhas vencido, fugi dos detalhes. Com a intenção de desacelerar meus pensamentos e a adrelina, acendi o cigarro e quedei-me parada a curtir a paisagem urbana e um pequeno senhor com seu andar vagaroso. Ele firmou seu olhar no meu, pensei que fosse me recriminar por estar fumando, ou simplesmente me cantar. Não, nada disso. Com minha cabeça voltada para os furacões negativos do dia a dia só podia pensar besteiras, o senhor me pediu licença e disse:
- Minha jovem, não pude deixar de admirar você tragando este cigarro com tanto sabor, parece estar delicioso. Aproveite menina, a vida é muito rápida pra ser pequena!

A emoção tomou minha conta, e o sol, as flores e as pessoas ficaram bem coloridos neste dia.
E a vontade de deixar o vício veio junto a de aproveitar a vida por muito mais tempo.

2 comentários:

  1. Ola patricia tudo bem? A vontade de viver pode vir acompanhada da vontade de ausentar-se do vicio tem um prazer no vicio mas a não dependência dele é muito melhor não é campanha contra o cigarro (rssss) eu mesmo tenho essa sensação a muito tempo do não uso dele... beijos

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  2. Aproveita amiga viva a sua vida e lembre sempre que podes viver muito mais se libertando da pequenez dos cigarros...Bjos

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