sexta-feira, 5 de junho de 2009

noites de inverno

Esperou a cidade adormecer para despertar a retórica dos sonhos.
A moça da noite encontrou a lua no vão nada estrelado. Se sentia bela. Bela da noite.
Nos sonhos despertos coube andar nas lembranças azuis.
Percebeu que não poderia decidir esquecer alguém. A vida não lhe trouxera opcões: olvidar, no olvidar.
Com os lábios molhados de vinho, sentiu um beijo morno. Despiu-se com o ar frio na pele. Se o sofrimento era inevitável, porque evitaria o prazer ?
Naturalmente calçou o mais alto salto. Plues sensuel que la nuit. Misturou branco e tinto. O amor contorceu seu ventre nú.
O segredo de la noche se calou.
A bela moça perdeu a vontade de amá-lo.
A noite na cidade fria revelou a autenticidade de esquecer.
A vontade se deixa passar. Uno, dos, tres, cuatro...

2 comentários:

  1. Masturbação de palavras. Sutil e eloquente.

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  2. Sou eu entre poucos a entender os sonhos despertos e as lembranças azuis da moça da noite...rsrs.

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