sexta-feira, 5 de junho de 2009

conversa

Jornalista Pietra Oliveira entrevista o Psicólogo Patricio Lima.
Jornalista: Amor a primeira vista existe?
Psicólogo: Não. Ele simplesmente acontece, se existe ou não é um assunto pra outra discussão.
Jornalista: Como assim? Vamos discutir!
Psicólogo: Ok. O amor a primeira vista aparece primeiro, sendo que as vezes não. Antes de mais nada envolve as partes cabidas. Vale dizer que ocorre numa situação recíproca, caso contrário digo que é platônice adolescêntica.
Jornalista: Mas como saber se é recíproco, ou platônico?
Psicólogo: Díficil não me parece. Meus estudos científicos aliados aos depoimentos de alguns muitos pacientes me disseram que basta o olhar. É igual ao orgasmo, você só sabe quando sente. Se você duvida é porque não rolou.
Jornalista: Para pessoas que nunca tiveram orgasmo posso dizer que saberão do amor a primeira vista e do orgasmo com a mesma complexidade ?
Psicólogo: Claro, fique tranquila em relação a isso, no fundo é a mesma coisa. Minha filha, não tem nada demais. Apesar do orgasmo ser mais fácil do que o amor a primeira vista, posso dizer com clarividência que os dois tem quase o mesmo sabor.
Jornalista: Então podemos quebrar o mito que o amor a primeira vista só acontece uma vez na vida?
Psicólogo: Não tenha dúvida. Pode acontecer várias vezes. Posso dizer que o orgasmo é mais fácil sentir mais vezes, pois pode ser com qualquer pessoa a qualquer hora, a qualquer momento, e até sozinho. Já o amor, esse é raro, não se concretiza com qualquer um, mas pode aparecer mais de uma vez. Acontece com o mesmo glamour do orgasmo, até revira a cabeça da pessoa.
Jornalista: Você já se apaixoonou dessa forma?
Psicólogo: Graças a Deus não. Vivo ardorosamente uma vida harmoniosa, consigo conciliar meus sentimentos conforme meus amores e minhas paixões. Mas amor e paixão não estão em dicussão, são completamente diferentes. O amor quer graça, a paixão um pouco de loucura. O romântico está no meio destes dois. O amor a primeira vista não é nenhum e nem outro, é atípico. Eu graças a Deus, em minha sã consciência não vivi isso. Posso confessar meu certo receio, apesar de saber tratá-lo a outros muito bem.
Jornalista: Tem algum remédio pra não sofrer tanto desse súbito amor?
Pisicólogo: Pela minha experiência como tal, receito a vida, poesia e canção. Muitas vezes quando não tem jeito, vale viver pra ver. Tá tudo certo, enquanto houver felicidade.
Jornalista: E o que acontece com as vítimas dessa paixão insana?
Psicólogo: Eles amam demais. Creio que o remédio pra eles seja viver a paixão e o amor dentro de si. Não culpar a nada e a ninguém. Viver ainda é o melhor remédio pra quem ainda não morreu.

obs. sei que "amor a primeira vista" possui acento craseado no a, mas não encontrei o acento no teclado, ass. patricia lio.

5 comentários:

  1. Adorei o platônice adolescêntica, acho que já vivi isso na adolescência ou não tão adolescente assim kkk.

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  2. Creio que ja tenha vivido essa loucura da paixao, é algo estarrecedor, inesquecivel, que doi e ao mesmo tempo é bom. Ficou marcado na minha vida, que talves ainda faca parte. Esquecer?! impossivel!!!
    Tem horas que esse sentimento volta numa velocidade impressionante, e ai me machuco pelas lembrancas. Acho que chega a ser um vicio, que consegui sair, mais que por hora tento ser forte pra nao cair na tentacao, ou talves tudo seja uma grande fantasia da minha cabeca.

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  3. Meu caro, acho difícil ser uma fantasia da sua cabeça, pois vc me parece ter certeza deste amor. Mesmo tendo dito que "acha" que viveu umas paixão assim, sinto, pelas suas palavras, que de fato vc foi alvo deste sentimento estarrecedor. Não se preocupe em se machucar, vivê-lo ainda me parece o melhor remédio.
    Ass. Psicólogo Patricio Lima.

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  4. Esse papo de amor à primeira vista parece dificil mas vou tentar entender. Mas a platonice adolenscentica parece que vivi também. Rsrsrs

    Bia

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  5. Muito bom, vc é muito cínica menina, escreve com profundidade e cinismo. Adoro rir com seus textos.

    Alex

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