quinta-feira, 9 de abril de 2009

histórias do huguinho

Passeio de domingo a tarde na feira do Bexiga, em SP. Hugo, minha criança de 5 anos, se entendiava com a quantidade sem fim de objetos antigos (pra ele simplesmente objetos). Alguns brinquedos da minha geração lhe chamaram uma discreta atenção. Foi o parquinho rustico que avistamos, entre a velharia disposta a venda, que animou o moleque. No meio disso tudo, Hugo me contou a história de sua concepção:
- Mãe, você é medrosa- Diz Hugo após minha recusa a descer no escorrega-bunda.
- Meu filho. Não sou medrosa. Como posso ser, se deixei você entrar na minha barriga, e depois deixei o médico cortar e tirar você de lá?
- Mãe, eu sei como aconteceu. Meu pai foi na rua dos bebes, na época em que você não podia sair de casa. Ele me escolheu, dentre os vários bebes, me levou pra casa a noite. Você estava dormindo. Ele aproveitou o momento, pra você não perceber e não ficar brava, cortou suas costas e me colocou na sua barriga. Eu me lembro.
Freud explica.
Dando continuidade ao tema, Hugo ampliou sua historia dias depois, antes de dormir, quando conversavamos sobre crianças que moram nas ruas. Ele me explicou que essas crianças vieram do céu, pois eram brinquedos da namorada do Deus, e ela os deixou aqui na terra. Não entramos em detalhes, pois ele dormiu em seguida.

2 comentários:

  1. Que imaginação!!!
    Como queria voltar a ser criança e viver num mundo tão lúdico criado por mim, para fujir dessa terrível realidade em que vivemos. As crianças são mais felizes, pois podem viver num mundo a parte.
    Bjos Huguinho!

    ResponderExcluir
  2. Deus abençoe a hereditariedade genética do talento.

    ResponderExcluir

Seguidores