quinta-feira, 30 de abril de 2009

Fonte

Sempre bebi em fontes baldias. Futuros inadequados me guiaram. Ás vezes me solicitaram perdida. Meu coração sempre soube o que pensar. Minha cara aparente foi seguindo as portas abertas. Olhei as putas, os trabalhadores, os executivos. Cheguei a pensar que tudo estava perdido. Me ofereceram alguns muitos de nada coisas, e segui. Recebi tudo vivendo, violento. Não descartei. Por vezes acordei cega com a claridade e despertei com a escuridão. O tempo se colocou na minha frente e vi o balançar do vento. Vários medos me aprisionaram, mas os carinhos sinceros me colocaram no lugar pretendido. Vislumbrei a vida e ela me confirmou a presença. Vastos momentos refugiaram-se nas montanhas das minhas histórias. Me criei na sangrenta inocência. Simples como jamais imaginava.

" Há homens que lutam um dia e são bons. Há outros que lutam um ano e são melhores. Há os que lutam muitos anos e são muito melhores. Mas há os que lutam toda a vida: estes são os imprescindíveis" (Bertolt Brecht)

2 comentários:

  1. Olá Patricia,

    De certo, você está bem encaminhada com Kundera. Agora leia "A brincadeira" e, em seguida, "A ignorância". Vai ver uma ligação tremenda entre os dois.
    Ah, agora estou em outro blog, este que comento aqui. Veja, lá tem um convitinho...

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  2. Fontes baldias, filosoficas, poeticas e muita cerveja. Suas fontes são ótimas. Bjs

    Carol

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