Na calçada da Praça Roosevelt num happy hour sossegado, com mesa reservada para fumantes, tomava meu primeiro copo de cerveja quando surgiu um comentário de um casal de velhinhos passantes:
-Você nunca me ouve. Você está sempre distraído.
Disse a senhora.
- Eu não ouvi, eu não ouvi...
Completou o senhor.
Era tudo que eu precisava pra um começo de noite boêmia.
Que senhora gentil, pensei. Se fosse eu tinha dito:
-Seu ingrato você não ouve nada do que digo, nem presta atenção no meu cabelo, só quando tá branco. Lavo suas cuecas e todo o resto das suas roupas, cacete. Te dou de comer, de beber, de vestir . Eu desisto, não quero mais viver anos e anos com uma pessoa que não me escuta, não me vê, só quer me comer. Prefiro minha solidão com todos os anos de menopausa. Mesmo assim te amo, meu velho surdinho.
Ah! homens insensíveis aos eternos hormônios femininos.
Ah !mulheres ingênuas em acreditar nos homens sensíveis às tortuosas linhas femininas.
Ai minha nossa senhora maria da silva nunes fonseca !!!!
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
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Você tá ficando cruel. Cadê o romantismo que te cerca? Deve ser o inverno, rsrs. Beijos
ResponderExcluirNem tanto, no final a senhora disse que ama o velho...Bjs Bia
ResponderExcluirEu lavo as minhas mãos em relação àqueles que imaginam
ResponderExcluirque falar seja conhecimento, que silêncio seja ignorância,
e que indecisão seja arte." (Khalil Gibran)
Bjs Ana